Sinopse: Nobody Compares
"Sempre me gabei de nunca ter sido usuária de nenhuma droga e nem ao mesmo ter experimentado cigarro ou ter dado trabalho com bebedeiras. Sempre fui saudável além da conta. Até que me caiu a ficha de que ele era pior do que cocaína. Pior porque morenos bonitos e cheirosos são bem mais interessantes do que um pozinho branco que corrói o nariz. E melhor porque no dia seguinte o efeito mulher maravilha acha que sabe voar continuava. Não existia depressão, não existia abstinência. A esperança de que ele ligasse ou aparecesse ou ficasse para sempre fazia a vida ser boa não importasse a espera."
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- O que você viu em mim? - sibilei, enquanto passava minhas mãos por sua nuca, o trazendo para mais perto
- Como assim? - ele soltou uma risada, mostrando seu sorriso, que na minha opinião era extremamente perfeito
- É, amor. O que você viu em mim? Eu sou tão sem graça, tão sem sal.
- O que eu vi em você? - ele passou pra cima de mim, posicionando suas duas pernas em volta da minha cintura - Eu vi em você tudo o que eu nunca havia achado em nenhuma outra garota. Eu encontrei em você a minha felicidade - segurou minha mão direita, e à beijou
- Você sabe que eu odeio mentiras. Odeio ser enganada.
- Por quê eu mentiria, princesa? Você acha que se eu estivesse mentindo estaria correndo esses riscos por você? Estaria te fazendo de trouxa todos esses meses? À troco do quê?
- Não sei - acariciei seu rosto - Tem louco pra tudo nesse mundo.
- Meu Deus, Bia. Você ainda tem coragem de duvidar de mim? Eu te amo meu amor. Entenda que você é tudo pra mim. Você virou a minha vida.
Ficou em silêncio durante algum tempo, mas retomou a falar.
- Tudo o que eu vi em você? - suspirou - Ok, vamos lá. Seus olhos. Não existe coisa mais linda do que os seus olhos. Seu cabelo, e a sua boca. Seu sorriso, que quando é timído, fica melhor ainda. O jeito que você abre a boca quando falo alguma besteira aleatória, e logo em seguida começa a rir freneticamente. Como tenta fingir que não sente ciúmes de mim, só para ver a minha reação. Seu lado infantil, que na maioria das vezes se sobressai, mas que acaba se tornando uma das coisas que eu mais amo em você. Suas birras, suas crises. Como você grita comigo quando te pego no colo e te giro, ou quando faço alguma idiotice - ele torceu o nariz - Seu lado mulher, que me assusta quando aparece. A forma que você ama fotografia, e que vive tirando uma de nós, ou nos filmando. Sua risada tão estranha mas tão fofa. Sua voz baixa e doce, embora você ainda tente implicar que parece de ornitorrinco. Que p**** de voz é uma voz de ornitorrinco, cara? - dei risada - Suas curvas, os seus traços - ele passou o dedo indicador levemente em minha face - O jeito que fica irritada quando digo que é bochechuda. Mas você é, amor. Não tem como negar.
Fiquei parada o olhando, sorrindo que nem uma idiota. Ele conseguia me deixar assim, sem palavras. Estática. Pasma.
- Tudo, meu amor - ele disse - Absolutamente tudo. Você, em geral.
- Eu te amo, Rodrigo. Muito. Muito mesmo - suspirei, deixando que uma lágrima escorresse pelo meu olho
E eu o amava. Eu realmente o amava.
Autor(a): Alecrim