Fanfics Brasil - Sinopse de

Sinopse: Confiança dos pais



Felicidade por ter liberdade

Ela tinha uma mãe incrível, moderna, engraçada, parece que entendia todas as adolescentes. Enquanto todas nós tínhamos pais arcaicos, ranzinzas. Como se não bastasse, na única vez que resolvemos cabular aula, fomos para casa dela e nesse dia sua mãe apareceu e nos pegou de surpresa lanchando e dançando funk no meio da sala, nos deu uma bronca motivacional, nos poupando de contar aos nossos pais se não repetíssemos esse comportamento. Mas possuía o que qualquer criança poderia ter, uma mãe que confiava nela.
Ela aproveitava muito e nós quando podíamos, em nossos aniversários, sempre havia uma decoração em sua casa, como a mãe dela podia deixa-la fazer tudo?
Que talento ela tinha para contar suas histórias, nos intervalos da escola trançava nossos cabelos enquanto contava como foi ir para quermesse da comunidade e pode ficar até as 22horas. Como eu ansiava por ter dezoito anos para poder em fim aproveitar com ela toda a aventura que fosse possível.
Mas então aconteceu, ia ter a maior festa dos últimos tempos, o cara mais popular da escola, meu crash, estava no ensino médio daria uma festa e convidou minha amiga que poderia levar uma amiga, e ela disse que queria me levar, começou então a tortura chinesa sobre mim. Foi a fase que para ela virou missão, convencer meus pais a me deixar sair com ela por algumas horinhas, era impressionante a força de vontade fracassada pelo não da minha mãe, mas ela não desistiu, me contou seu plano e eu me transformei na própria esperança de alegria, eu não vivia, nadava devagar num mar suave as ondas me levavam e me traziam.
No dia seguinte após a escola ela foi a minha casa para estudarmos e então pediu novamente para minha mãe, tentando tranquiliza-la que não beberíamos ou sequer sairíamos desse lugar e que sua mãe nos buscaríamos para que as 22h estivéssemos em nossa casa, e então ouvimos um “não” novamente.
E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Sabíamos que era tempo indefinido, enquanto o sistema de mãe protetora apitasse.
Quanto tempo? Minha amiga ia diariamente em minha casa tentar convencer minha mãe, as vezes meu pai, com eles juntos e separado, a resposta era sempre “Não”. Até que um dia, após a escola, quando eu estava à porta de sua casa, lamentávamos o fato de não conseguirmos o tão sonhado desejo de irmos juntas a festa, apareceu sua mãe. Ela essa altura já sabia o ocorrido, pois eram muito amigas mãe e filha.
Rapidamente entrou na conversa e nos acalmou, falando que era normal a preocupação de meus pais, e então me disse que visitaria minha mãe na tarde seguinte. Ainda nos disse que já teve nossa idade, entendia a nossa frustação. Eu não pude acreditar no que ouvia, estava em estado hipnótico, ela defendia meus pais e se propunha a ajudar. Entendem? Valia mais do ir para a festa: “ela nos entendia” é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.
Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e como prometido no dia seguinte a mãe dela foi conosco a minha casa, conversou alguns minutos com minha mãe em particular, quando voltaram, minha me deu permissão para ir a festa com a condição que as 21 horas estivesse de volta, assim recebi aquela informação. Acho que eu não disse nada. Balancei a cabeça concordando. Não, não saí pulando de alegria. Saí andando bem devagar. Sei que segurava a mão de minha amiga, comprimindo-o contra minha própria mão, como se soubesse que nunca mais a largaria. Quanto tempo levei para dormir aquela noite, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo.
Fingia que não o tinha essa oportunidade, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois falei com minha amiga, combinávamos o que vestir, desligávamos o telefone, fui passear pela casa, minha mãe piscava para mim. Ligava de novo para minha amiga e riamos pela aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre ia ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada.
O grande dia chegou, e ali estava linda com minha melhor amiga, na maior festa que podíamos ir, me sentindo selecionada, em êxtase puríssimo.
Não era mais uma menina sem liberdade: era uma filha com pais que confiavam.

Autor(a): wallina_nascimento
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