Sinopse: A rotina que forma a felicidade na vida
A felicidade vive na rotina do cotidiano ou vive no inatingível?
Então todos os dias eu me levanto cedo, lavo o rosto, abro a janela, cumprimento o ramo de flores que aponta tímido, entre as folhagens da planta no vaso.
Dobro de mal jeito a coberta que me fez companhia, ponho água para o café quente e renovador. Esquento o pão dormido e o leite da geladeira. Passo manteiga petrificada no pão quentinho, que faz a fusão química que tanto gosto.
Entro debaixo do chuveiro, com o jato morno de água boa. Fecho os olhos e imagino uma cachoeira, jorrando água abundante da nascente.
Escolho uma camisa clara, uma calça e calçados confortáveis; borrifo uma colônia simples no corpo e ponho-me a andar pelas ruas, com a licença da passagem que mentalizo todos os dias da minha vida. Talvez seja o meu momento de reza.
Chego no trabalho e desenvolvo o rito, com a sapiência que me chegou através dos anos de experiência.
Durante o dia, ouço aqui e ali as pessoas reclamando da rotina do cotidiano e das dificuldades de se fazer outras coisas.
Pergunto-me ao final do dia se a felicidade não é exatamente essa rotina que me atrai a fazer as mesmas coisas sem pensar direito ou se é aquilo inatingível ou longe, que só de pensar, me dá um verdadeiro trabalho e muita canseira!
Autor(a): saulo