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Sinopse: Felicidade Clandestina



No cibertexto, a nova linguagem faz com que a literatura ultrapasse fronteiras para experimentar recursos específicos do suporte eletrônico. Sendo assim, a diferença entre um texto literário impresso e um cibertexto é o uso da tecnologia digital. Para nomear o tipo de produção literária que surge, muitas vezes, da adaptação ou da recriação de textos impressos, Antônio Risério refere-se à “poemática”
A respeito do uso do computador Pierre afirma: Se considerarmos o computador como uma ferramenta para produzir textos clássicos, ele será apenas um instrumento mais prático que a associação de uma máquina de escrever mecânica, uma fotocopiadora, uma tesoura e um tubo de cola. Um texto impresso em papel, embora produzido por computador, não tem estatuto ontológico nem propriedade estética fundamentalmente diferente dos de um texto redigido com instrumentos do século XIX.
Pode-se dizer o mesmo de uma imagem ou de um filme feitos por computador e vistos sobre suportes clássicos. Mas se considerarmos o conjunto de todos os textos (de todas as imagens) que o leitor pode divulgar automaticamente interagindo com um computador a partir de uma matriz digital, penetramos num novo universo de criação e de leitura de signos.
Considerar o computador apenas como um instrumento a mais para produzir textos, sons ou imagens sobre um suporte fixo (papel, película, fita magnética) equivale a negar sua fecundidade propriamente cultural, ou seja, o aparecimento de novos gêneros ligados à interatividade. (LEVY, 1997, P. 43-44)
O advento da informática gerou o que é considerada como “tecnofobia”, que em alguns casos, revela problemas e dificuldade de relacionar-se com a nova tecnologia, presente e necessária nos dias atuais. A reação mais comum dos “tecnofóbicos” em face das suas incapacidades em operar com a técnica é a diminuição da importância do uso da tecnologia. Para que possam lidar com a própria inabilidade, algumas pessoas tendem a diminuir a habilidade que não dominam.
Pois, nos anos 80, as novas tecnologias pairavam como ferramentas mágicas na mente da maioria das pessoas. Hoje, o que parecia ser mágico tornou-se real. O avanço tecnológico digital disponibilizou ao homem instrumentos como computadores, pagers, telefones celulares, correio eletrônico, Internet dentre outros, os quais se tornaram indispensáveis para o dia-a-dia da maioria das pessoas.
A Internet é acima de tudo um campo para divulgação de idéias e conhecimento; nesse campo denominado de ciberespaço a literatura encontrou um meio ideal para sua propagação. Será, então, que a literatura ao utilizar o ciberespaço estaria extinguindo o uso do livro?
A resposta nos parece clara, visto que esse é apenas mais um meio para a difusão da palavra e da transformação desta. A utilização da máquina de escrever para transpor a escrita manual para a mecânica quebrou a idéia de que escrever era uma atividade artesanal. Experiências, atualmente, a virtualização da escrita e seguimos para a construção no ciberespaço daquilo que Pierre Lévi chama de Inteligência Coletiva, uma rede de cabeças pensantes que estão constantemente e silenciosamente transformando a realidade humana de forma planetária ou globalizada como muitos preferem denominar.
A Base Nacional Comum Curricular já estará presente em algumas escolas neste ano letivo, e até 2020 ela deverá ser implementada em todas as instituições de ensino na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, e até 2022 no Ensino Médio.
Entre as diretrizes do documento, a inserção da tecnologia, assim como o protagonismo do estudante na sociedade em que vive, são algumas orientações que norteiam as competências (gerais e específicas) de todos os componentes curriculares da BNCC na educação básica.
Dessa forma, a Base Nacional Comum curricular incentiva a modernização dos recursos e das práticas pedagógicas com o objetivo de formar as habilidades e competências necessárias ao século XXI.
Felicidade Clandestina: conto que dá nome ao livro, fala da infância de uma menina no Recife, que invejava a garota com pai dono de livraria – garota que detestava ler, ao contrário de nossa personagem principal.
A epifania começa quando nossa pequena leitora descobre que a garota invejada possui o livro Reinações de Narizinho e promete emprestá-lo. Então a garota, sabendo o que possuí, começa a demonstrar sua maldade: toda vez que a menininha bate à sua porta, ela diz que o livro não está. Então, incessantemente a menininha retorna todos os dias, pela manhã e pela tarde, mas a maldade da outra é maior, enganando-a.
O que notamos é a felicidade por expectativa: a da leitora, que sonha com o livro e da garota ruiva, que possui a expectativa de continuar com sua maldade. O que seria maior então? A felicidade presente no bem ou a felicidade presente no mal?
A legião Estrangeira: em a legião estrangeira vemos o amor demasiado que sufoca. E nada peculiar é a maneira como vem representado – uma mulher, uma garota e um animal.
Já no começo do conto conhecemos Ofélia, pouco conhecida pela mulher, mas uma alma compreendida.
Ofélia é uma garota que fala como gente grande, trazendo verdades absolutas com seus “portanto”. E assim são às tardes: a mulher batendo à máquina de escrever e Ofélia com seus comentários absolutos sobre sua vida. Um dia então a mulher compra um pinto, o que muda drasticamente a personalidade de Ofélia e vemos a narração da passagem de uma Ofélia adulta para uma Ofélia criança, mas com tal intensidade a passagem que entendemos além – Ofélia criança é como a mulher que se apaixonou, levada pelas emoções, abandonando os comentários absolutos e vivendo cada felicidade de cada momento.
São apresentadas duas situações no enredo: a família adotiva de Mocinha precisa mandá-la embora para morar com uns parentes ricos; a segunda é a situação psicológica de Mocinha, que não recorda seu passado com clareza.
No desenrolar da história, os parentes não aceitam Mocinha e seu esquecimento vai sumindo: lembra-se dos filhos, de sua morte, do marido, da roupa que ele usava. E descobrimos que o grande passeio vai muito além do passeio de carro – é um passeio além da vida.
O livro foi escrito na linguagem introspectiva de Clarice (não existe noção de tempo e espaço, ou uma noção muito fraca; foca-se mais na emoção do momento e menos na ação seguinte do enredo) e mostra a frágil situação da mente humana ante as pressões sociais e internas.
A única felicidade que o livro busca é a banal; a felicidade, muitas vezes ignorada, dos pequenos momentos, das pequenas atitudes, dos pequenos gestos. Uma felicidade nova, que vai crescendo e para aquele ser, apenas, tem grande profundidade – felicidade, por exemplo, das tardes que a menina passou com seu livro, que para ela era como a felicidade da mulher com o amante; felicidade da menina diante do universo que o animal representava – o primeiro amor – e a reação diante da tristeza do final trágico; a felicidade da velhinha, sempre sorrindo, sem casa, sem amigos, sem família – sempre sorrindo, feliz diante da morte, diante do esclarecimento.
É a felicidade que possuímos que vai e vem, sem nos darmos conta: felicidade efêmera e de constante surgimento, felicidade que nos habita ilegalmente: felicidade clandestina.

Autor(a): henrique_rodrigues
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