Sinopse: Cupido de Bolinhas Amarelinhas
Rebelde – Cupido de Bolinhas Amarelinhas
Fevereiro de 1964. Brasil.
Governo Populista de João Goulart (Jango) apoiado por entidades como a UNE, CGT, Ligas Camponesas, PTB, PCB, Juventude Estudantil e Operária e Universidade Católica (JEC, JOC, JUC) e criticado por grupos como a UDN, elites rurais e empresariais, oficiais da Escola Superior de Guerra (ESG), além da área conservadora da Igreja Católica e do IPES/IBAD.
Roberta acordou com sua mãe chamando-a para o primeiro dia de aula.
Olhou-se no espelho enquanto passava a maquiagem e tudo o que viu foi uma garota baixa, 14 anos, de cabelos vermelhos e olhar sonolento. Eram seis horas da manhã – SEIS HORAS DA MANHÃ! Não podia acreditar nisso. Suas tão alegres férias já haviam terminado e infelizmente as aulas estavam de volta. Mais professores latindo fatos que ela não guardaria na cabeça e que provavelmente cairiam nas provas.
Ao descer as escadas de sua tão grande casa, mantinha a cara emburrada. Sua mãe deveria ter notado, porque dirigiu a fala a ela:
- Não se emburre, minha querida. Pense que vai encontrar seus amigos novamente.
“Oh, claro, mamãe. Vou encontrar meus amigos. Não sei de quais fala, porque caso não se lembre, não sou tão cheia de amigos assim. Aliás, caso se lembre, apenas a Lupita e o Miguel são meus amigos naquele inferno de escola.”
- Vamos, minha filha. Desfaça-se dessa cara de rancor e vá tomar café. Deixarei-lhe na escola no caminho do trabalho.
“É isso aí. Voltamos a monótona vida de todos os dias. Acordar, tomar café, ir para a escola de carro com minha mãe. Como se não fizéssemos isso desde sempre.” A garota caminhou até a cozinha, quando então sentou-se a mesa. A empregada serviu-lhe o café da manhã. Sua mãe, Alma, uma cantora, sentou-se ao lado da filha para ceiar também. Quando enfim encerraram, no silêncio de sempre, dirigiram-se ao carro. Roberta desceu quando a mãe parou em frente a escola, sentindo que o inferno subia à terra
Autor(a): fernandadulce