Fanfics Brasil -    ∙ Reencontros Draco, How Would I Know? ⋆ HP ⋆ +18

Fanfic: Draco, How Would I Know? ⋆ HP ⋆ +18 | Tema: Harry Potter, HP, Hentai, +18, Drastoria


Capítulo:    ∙ Reencontros

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R E E N C O N T R O


 


Pansy Parkinson, Blaise Zabini e os Greengrass, entre outros tantos membros do que um dia fora a famosa elite bruxa, receberam corujas sobre a celebração gloriosa que ocorreria na mansão dos Malfoy na última sexta-feira de março. O anfitrião, Lucius Malfoy, jamais esquecia dos velhos companheiros, embora ele mesmo não os visse com frequência. Já havia um bom tempo que seu lar não recebia pessoas, muito menos sediava festividades, mas não havia dúvida de que seria uma ocasião de grande importância, cujos festejos se prolongariam por todo o dia. Com os últimos julgamentos referentes à guerra ocorrendo, um evento de tal porte era justamente o que as pessoas precisavam para sentir novamente sua alegria.


Assim, nessa manhã de sexta-feira, os amigos de Lucius Malfoy surgiram de todos os cantos do Reino Unido para conferir qual era a grande motivação daquilo. Traziam sorrisos calorosos e o respeito por aquela família aristocrática, bem como cartões de cumprimentos à moda antiga, uma tradição que jamais deixaria de realizar-se entre eles, por mais antiquada que pudesse soar em outros locais. Mais do que cumprimentos, esses cartões representavam respeito.


Lucius Malfoy era um homem a quem muitos recorriam em busca de auxílio desde o fim da guerra e quem o fazia jamais desapontava-se. Não haviam promessas ocas, desculpas covardes ou receios. Ele nunca dizia que suas mãos estavam atadas ou que haviam pessoas acima dele que poderiam atrapalhar as coisas. E, curiosamente, ele não precisava ter laços estreitos com essas pessoas para auxiliá-las, tampouco exigia qualquer coisa em troca. Apenas uma coisa era necessária: que a lealdade entre ambos fosse instituída. Assim, tornava-se claro que havia uma dívida e que ela poderia ser saldada a qualquer momento, através de algum pequeno favor.


Agora, nesse grande dia de tema tão misterioso aos convidados, Lucius encontrava-se com um sorriso sutil no rosto enquanto caminhava pelo jardim ornamentado da mansão, acenando para as pessoas e dizendo algumas palavras gentis aqui e ali. Muitas pessoas ali deviam sua atual felicidade, às vezes, também a liberdade, aos Malfoy.


Entre a multidão, podia-se destacar facilmente Narcissa. Trajava vermelho, mas Lucius duvidava muito de que a cor é que lhe tornava tão radiante naquele momento. Era algo mais detalhado, como o sorriso e o brilho nos olhos, e eles tinham um motivo em especial, o qual tornar-se-ia público em alguns poucos instantes. Pensando bem, as pessoas poderiam até mesmo achar que o destaque da festa era o próprio anfitrião, julgando pela sua serenidade e confiança.


Foi então, repentinamente, que todas as cabeças se viraram em uma única direção e contemplaram o que se tornara óbvio. Ajeitando o smoking cuidadosamente passado, sem perceber a excessiva atenção que lhe era dedicada, Draco Malfoy parecia diferente e similar ao mesmo tempo. Alguns anos haviam lhe feito muito bem, esculpindo um pouco mais seu rosto de características fortes e tornando-o um pouco mais alto. Não se podia ter nenhum vislumbre do seu corpo, em questão de músculos, mas a maioria das jovens garotas já podiam imaginá-lo igualmente deslumbrante.


O que o tornava diferente, de todo modo, é que estava um pouco mais sociável. Nos tempos de escola, talvez pela constante pressão a que era submetido, Draco falava pouco e, quando o fazia, geralmente era para insultar aos outros e demonstrar sua superioridade. Seu ego certamente não havia diminuído um milímetro sequer, mas era impossível não se surpreender com o modo lisonjeiro como cumprimentava as pessoas enquanto avançava pelo jardim, espalhando apertos de mão e sorrisos sutis.


Ao avistar a mãe, tão bela quanto podia se lembrar da última vez em que a vira, o sorriso de Draco ganhou uma vivacidade nunca antes vista por todas as pessoas ao redor. Se julgavam óbvio que o motivo da festividade era algum aniversário do garoto, agora um homem, ou mostrar ao mundo como ele estava tão desenvolvido, isso agora caíra por terra. Quem desvendou a charada foi, senão, uma garota ao canto do jardim, a qual sussurrou para si mesma: “Parece que Malfoy esteve fora por um longo tempo”.


De fato, o jardim tornou-se muito mais animado depois disso. As conversas haviam sido retomadas, agora com um quê de curiosidade sobre o herdeiro de todo aquele luxo que se podia apreciar ao redor. Onde estivera? Por que partira? Algo em especial o fizera retornar? Ninguém sabia dizer e os murmurinhos a respeito deixavam Lucius Malfoy satisfeito. Era exatamente aquele tipo de reação que ele desejara ver e gostaria de desfrutá-la um pouco mais, mas ser quem era lhe privava às vezes desse tipo de privilégio, atribuindo-lhe outras prioridades.


Distanciando-se do jardim, Lucius adentrou a biblioteca, que também servia-lhe de escritório, e escutou atentamente quando o elfo surgiu, indicando-lhe que haviam algumas pessoas desejosas de trocar uma ou outra palavra com o anfitrião do dia. Um aceno de cabeça foi o necessário para que o elfo desaparecesse, permitindo a entrada de Charles Greengrass alguns minutos depois.


O loiro recebera seu convidado com um abraço fraternal. Eles haviam brincado juntos quando crianças e até mesmo estudaram juntos em Hogwarts, crescendo bons amigos. Antes do nascimento dos filhos de ambos, costumavam até mesmo reunir-se com certa frequência, para conversarem sobre as lembranças divertidas da mocidade. Então, a alegria expressa por Lucius não era exagerada ou falsa e ele sentiu-se satisfeito pelo amigo estar a procurá-lo, colocando a mão sobre o ombro dele, num gesto de simplicidade. Sabia, por experiência própria, que era preciso ter coragem pra confessar algo íntimo a um amigo e ainda mais para pedir-lhe auxílio.


Greengrass contou a história de Daphne e o garoto russo, um rapaz de boa aparência e muitos atributos positivos, mas que possuía a infelicidade de ter nascido entre os trouxas. Um amor puro nascera entre a pequena e Dimitri, e não havia como expressar a amargura no peito de Charles, diante o receio de ver a filha fechar dentro de si mesma para sempre, em sofrimento, caso não pudesse se casar com o que jurava ser o amor da sua vida. Apenas Lucius Malfoy poderia aconselhar seu amigo de longa data, ajudando-o a passar por aquele tormento do melhor modo possível.


— Não se preocupe — Lucius disse, quando terminou de ouvir o relato. — Permita que se casem, se esse é o desejo da sua filha. Sua família não corre grandes riscos, uma vez que já não exista um mal a temer. Porém, seja cauteloso: a desventura sobre esse rapaz pode não ser bem vista entre os nossos. Mantenha esse como um segredo trancafiado a sete chaves e, se preciso, alguns cuidados a mais.


Charles acenou com a cabeça, mais calmo. Ele não esperava que Lucius fosse aconselhá-lo daquele modo, mas já devia tê-lo imaginado, pois o fim da guerra modificara a todos, de um modo ou outro. Sorriu genuinamente ao agradecer-lhe, escutando algumas orientações de como deveria proceder, dando-lhe um abraço antes de rumar para o jardim outra vez.


Narcissa, vendo que a conversa havia finalmente terminado, tomara a iniciativa de adentrar a biblioteca, deixando para trás o hall onde aguardara anteriormente. Ela examinou o marido com grande curiosidade, antes de pronunciar-se.


— Por que você aconselhou Charles a permitir tamanha besteira? — Ela disse, franzindo o cenho numa notável expressão de desentendimento que fez Lucius sorrir.


— Era isso ou entregar a filha ao desalento. Quem sabe o que aconteceria com Daphne Greengrass? Ela poderia passar a nutrir ódio pelo pai ou amargura pela vida. Poderia ser ludibriada pelo rapaz a fugir para a Rússia, ficando a mercê de horrores, longe de sua família. — Ele deu de ombros, observando Narcissa concordar com a cabeça, pensando melhor sobre o assunto. Assim que ela fez menção de sair outra vez, Lucius emendou: — Talvez isso venha a calhar alguma hora. Talvez gere bons frutos que, agora, não conseguimos prever.


A mulher sentiu-se satisfeita pela colocação que acabara de escutar. Acostumada com a sagacidade do marido, ainda que nem sempre conseguisse compreender totalmente sua linha de raciocínio, imaginou que havia algo a mais naquela conversa. Algo que ela nem podia imaginar. Assim, decidiu que não havia mais o que fazer ali.


— Draco deseja vê-lo. — Sussurrou com um sorriso imenso nos lábios, antes de partir outra vez.


 


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Autor(a): missavinon

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